sábado, 31 de agosto de 2013

Aluminio



Textos



Química

No estado cristalino os sais de alumínio contêm geralmente Al+++. Em solução aquosa o seu estado de oxidação também é 3. Tem uma alta relação carga/raio  pelo que reage preferencialmente com dadores de electrões através de átomos de oxigénio ou de azoto.

Fontes


São frequentes as intoxicações pelo alumínio, razão por que iremos estudar as suas fontes.

 Água

É a causa mais frequente de intoxicação na insuficiência renal crónica. A causa mais frequente de contaminação é a adição de hidróxido de alumínio como floculante para tornar a agua límpida.

Alimentos

Os  aditivos alimentares constituem a maior fonte de alumínio particularmente os queijos processados, leveduras, massas congeladas, farinhas e conservas de vegetais. O alumínio assim ingerido representa 20 mg/dia.

Soluções intravenosas

As mais contaminadas com alumínio são os sais de cálcio e os fosfatos. Os valores correspondem a 26-306 mg.

Soluções de dialise

É frequente a intoxicação crónica pelo alumínio em hemodialisados. É possível tratar a água para remover o alumínio. As normas comunitárias recomendam um teor em alumínio das aguas não ultrapassando 50 mg.

Medicamentos

O aluminio aumenta consideravelmente com o consumo exagerado de antacidos e de acido acetilsalicilico tamponado

Ar

No ar não poluido o teor em aluminio é baixo,sendo inferior a 4ug/dia. Em zonas industriais atinge 100 e em fabricas 3,5 a 7mg

Vacinas

Algumas vacinas, como as da hepatite, contêm fosfato de aluminio

Cosmeticos

Alguns cosmeticos são ricos em aluminio



Absorção


Só 1% do alumínio é absorvido pelo tracto gastro-intestinal. Os citratos aumentam a absorção e os fosfatos e fluoretos diminuem.
A absorção respiratória é outra via de entrada que pode produzir a pneumoconiose alumínica de origem ocupacional.


Distribuição


90% encontra-se nos ossos, musculos e pulmões sendo transportados por um mecanismo mal conhecido em que intervêm o glutamato e a transferrina. A transferrina permite que o aluminio atravesse a barreira hematoencefalica


Excreção


A maior parte é eliminada pelas fezes devido à sua escassa absorção. O alumínio absorvido elimina-se pela urina.


Bioquímica da intoxicação


Os mecanismos da intoxicação não são bem conhecidos. Estudos in vitro e em animais apontam as seguintes alterações:
·         Inibição da acetilcolinesterase
·         Inibição do transporte do glutamato e do GABA
·         Inibição da hexoquinase
·         Inibição da calmodulina
·         Inibição da dihidropterina redutase
·         Inibição dos enzimas de replicação nuclear
·         Inibição da formação e libertação de PTH

Sintomas

Observam-se efeitos nocivos a partir de 7gr/dia. As consequencias são nefastas para o sistema nervoso.
Destacamos a encefalopatia dos dializados em que o aluminio está claramente envolvido.
O aluminio presente em vacinas pode desencadear uma miofasciite após três anos da sua administração.
Discute-se a associação com as doenças de Alzheimer e Parkinson

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