quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Zinc

ZINCO

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Fontes


As melhores fontes de zinco são os elementos ricos em proteínas como o peixe e a carne. Os alimentos mais ricos em zinco são as ostras e os arenques.
Os vegetarianos não serão obrigatoriamente deficientes. Uma alimentação rica em cereais de grão inteiro e leite  poderá ser suficiente. Deve-se ter presente que os grãos contêm fibra e fitatos que quelatam o zinco dificultando a sua absorção. Neste caso cerca de 30% do zinco é  absorvido. No pão levedado este efeito é muito menor porque  a levedação destroi os fitatos.


Milligrams (mg)
per serving
Percent DV*
Oysters, cooked, breaded and fried, 3 ounces
74.0
493
Beef chuck roast, braised, 3 ounces
7.0
47
Crab, Alaska king, cooked, 3 ounces
6.5
43
Beef patty, broiled, 3 ounces
5.3
35
Breakfast cereal, fortified with 25% of the DV for zinc, ¾ cup serving
3.8
25
Lobster, cooked, 3 ounces
3.4
23
Pork chop, loin, cooked, 3 ounces
2.9
19
Baked beans, canned, plain or vegetarian, ½ cup
2.9
19
Chicken, dark meat, cooked, 3 ounces
2.4
16
Yogurt, fruit, low fat, 8 ounces
1.7
11
Cashews, dry roasted, 1 ounce
1.6
11
Chickpeas, cooked, ½ cup
1.3
9
Cheese, Swiss, 1 ounce
1.2
8
Oatmeal, instant, plain, prepared with water, 1 packet
1.1
7
Milk, low-fat or non fat, 1 cup
1.0
7
Almonds, dry roasted, 1 ounce
0.9
6
Kidney beans, cooked, ½ cup
0.9
6
Chicken breast, roasted, skin removed, ½ breast
0.9
6
Cheese, cheddar or mozzarella, 1 ounce
0.9
6
Peas, green, frozen, cooked, ½ cup
0.5
3
Flounder or sole, cooked, 3 ounces
0.3
2
* DV = Daily ValueRecommended Intakes


Necessidades


As necessidades em zinco estão indicadas no quadro seguintr


Necessidades diárias em zinco

Idade
Quantidade (mg/dia)
H        M
0-3 anos
3
4-8 anos
5
9-13 anos
8
> 14
        11       8
Gravidez e lactação
                  12




Absorção


A absorção do zinco varia com o seu teor na alimentação sendo de cerca de 50% quando ela é pobre em zinco e de 25% quando é rica. A absorção faz-se no intestino delgado, principalmente no duodeno, pela acção da metalotionenina.


Transporte


A maior parte do zinco encontra-se no plasma ligado a proteínas das quais a albumina representa 2/3 do zinco total. Uma pequena fracção está fracamente ligada a aminoácidos. O zinco associado a aminoácidos é transportado para os rins e filtrado pelos glomerulos. A maior parte do zinco filtrado é reabsorvido.



Metalotioneina


A metalotioneina é uma pequena proteína que se liga ao cobre, zinco e  a alguns metais pesados. O seu peso molecular é de 7000 e contém 60 aminoácidos  dos quais 20 são resíduos de cisteina. Os 20 grupos sulfidrilico da cisteina podem-se ligar a 7 iões metálicos bivalentes, ferro ou cobre.
A sua síntese no intestino é estimulada por altos teores em zinco, sendo-o também pelo cobre, cádmio e mercúrio, evitando assim que estes metais  alterem proteínas vitais ricas em cisteina.
Em  geral a metalotionenina hepática contém principalmente zinco e a renal cobre e cádmio, quando presente.
A indução da síntese de metalotioneina resulta da ligação do metal a um factor de transcrição especial com o peso molecular de 105 kD e sua posterior ligação a um promotor situado próximo do gene da metalotioneina.


Função


Enzimas

Enzima
Acção
Anidrase carbónica
Interconversão CO2-bicarbonato
Álcool deidrogenase
Catabolismo do álcool
Fosfatase alcalina
Hidrólise de grupos fosfato
Carboxipeptidases
Digestão de proteínas
Enzima conversor da angiotensina
Conversão do angiotensinogénio em angiotensina
Superóxido dismutase citoplásmica
Remoção do oxigénio
ALA deidrase
Síntese do heme
Esfingomielinase
Hidrólise da esfingomielina
Proteína quinase C
Transmissão do sinal
Galactosil transferase
Síntese da lactose
Frutose l,6-bisfosfatase
Neoglicogenese
5-Nucleotidas
Cisão do fosfato dos nucleosido 5-monofosfatos
Enzima editor de mRNA
Alteração do mRNA da apo B-100 para codificar a B-48
Poli-(ADP-ribose) polimerase
Resposta a lesões do DNA
Glioxalase
Metabolismo do ácido glioxílico





Outras proteínas

Proteínas
Acção
Vesículas secretórias de insulina
Armazenamento de insulina
Vesículas contendo catecolaminas
Armazenamento de catecolaminas
Componente 9 do complemento
Sistema imune
Timulina
Hormona do sistema imune
Factores de transcrição Spp1 e THFIIIA
Receptores para androgeneos, hormonas esteróides, ácido retinoico, vitamina D
RAF
Sinalização celular
HRS
Endocitose


O zinco liga-se às proteínas através dos resíduos de cisteina e histidina e mais raramente de glutamato ou aspartato. Nos enzimas o zinco pode ter um papel catalítico actuando como coenzima ou estrutural. A carboxipeptitase A contém dois átomos de zinco, um ligado à cisteina e histidina actuando como coenzima e outro ligado apenas à costeina tendo uma acção estrutural.
Nalguns factores de transcrição e nalguns enzimas envolvidos no metabolismo do DNA identificou-se uma sequência especial de aminoacidos contendo cisteina e histidina. Esta sequência tem cerca de 30  aminoácidos ligados a um átomo de zinco. Como a sua estrutura se assemelha a uma salsicha ou a um dedo deu-se-lhe o nome de dedos de zinco, sendo o átomo de zinco necessário para ligar a proteína ao DNA.
Como as hormonas sexuais (androgeneos e estrogeneos) necessitam de dedos de zinco tentou-se explicar por esta  via os defeitos reprodutivos observados na deficiência em zinco.


Excreção de zinco


A maior parte do zinco é excretado pela bílis e eventualmente pelas fezes. Cerca de 1mg/dia do zinco fecal provém das secreções pancreáticas, valor este que se mantém mesmo na deficiência em zinco.


Patologia


A  deficiência em zinco é pouco frequente nos países ocidentais. Pode observar-se em situações de má absorção intestinal como cirrose alcoólica, doença de Crohn ou doença celíaca. Os sinais mais frequentes são rash na face, mãos pés e virilha, diarreia e alopecia que passam com a administração de zinco. Outros sintomas associados com a deficiência em zinco são atraso na cicatrização das feridas, perda de acuidade do olfacto e paladar  e funcionamento deficiente do sistema imunitário.
Em zonas rurais do Médio Oriente descreveu-se uma deficiência em zinco causada por uma alimentação limitada quase exclusivamente ao pão não levedado. Deve-se à riqueza em ácido fitico do pão  não levedado pois as leveduras têm uma fosfatase que destroi o fitato.
Nesta deficiência observa-se falta de maturação sexual e baixa estatura. Suplementando adultos jovens em zinco observa-se crescimento dos pelos púbicos, aumento dos genitais atingindo o seu tamanho normal.
Também se pode observar deficiência em zinco numa rara doença genética, a acrodermatite enteropatica. Observa-se nos primeiros meses da vida e caracteriza-se por áreas pigmentadas nos cotovelos, joelhos e face e é de desenlace fatal se não for tratada. Deve-se a uma deficiência da absorção de zinco e trata-se com suplementos orais de zinco.


Suplementos


O uso de suplementos em zinco pode baixar as HDL e aumentar as LDL, aumentando assim o risco cardiovascular. Nas preparações mistas de vitaminas e minerais usadas habitualmente o conteúdo em zinco corresponde a 15mg, o que é inócuo. O mesmo não se passa com preparações isoladas de zinco.


Aplicações clínicas


Pensa-se que a administração de zinco acelera a cicatrização das feridas. Alguns resultados        levam a pensar que a sua associação ao cálcio aumentará a eficácia da redução da perda óssea na osteoporose.



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